Apresentação

• Evidências de necessidades de formação; • Mudanças sociais e culturais que apelam ao debate sobre a função social da arte, o poder e os limites da criação artística; • Saliência das clivagens sociais em torno da chamada «cultura do cancelamento».

Destinatários

Professores dos Grupos 410 e 600

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 410 e 600. Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 410 e 600.

Objetivos

• Refletir acerca do papel social da arte, enquanto meio de expressão e transmissão de ideias, valores, sentimentos, etc.; • Debater os limites e a relevância da utilização de obras de arte em todos os graus de ensino; • Estimular a criação de uma consciência reflexiva acerca das seguintes questões: 1 - Deve o criador de arte ter preocupações morais que contribuam para a criação das obras?; 2 - Deve o público avaliar as obras atendendo ao seu conteúdo moral? O valor moral das obras de arte contribui para o seu valor artístico? • Conhecer e avaliar diferentes perspetivas acerca destas questões e os argumentos que as sustentam; • Reconhecer a diferença entre um juízo de valor negativo acerca de uma obra de arte e a tese de que a arte imoral deve ser proibida; • Potenciar uma tomada de posição acerca da censura e proibição de obras de arte, através de um debate informado sobre o tema.

Conteúdos

• A função social da arte • Teorias sobre o valor social da arte: esteticismo, moralismo, cognitivismo; • Diferença entre teorias do valor e teorias da avaliação; • Teorias da avaliação da arte: autonomismo radical, autonomismo moderado, moralismo moderado, moralismo radical, imoralismo; • Censurar a arte: perspetivas em debate e argumentos justificativos; • Casos paradigmáticos de conflito entre valores estéticos e valores morais.

Metodologias

Problematização e debate: Análise individual e em grupo de obras de arte das diversas disciplinas artísticas; Exposição de perspetivas e argumentos. • Sessão 1: Apresentação dos objetivos da ação, do plano das sessões e das modalidades de avaliação; Apresentação das questões orientadoras e justificação da relevância do debate que estas mobilizam (3h) • Sessão 2: O valor social da arte: esteticismo, moralismo, cognitivismo (3h) • Sessão 3: Diferença entre teorias do valor e teorias da avaliação; Teorias da avaliação da arte: autonomismo radical e autonomismo moderado (3h) • Sessão 4: Teorias da avaliação da arte: moralismo radical, moralismo moderado (3h) • Sessão 5: Teorias da avaliação da arte: imoralismo (3h) • Sessão 6: Censurar a arte: perspetivas em debate e argumentos justificativos (3h) • Sessão 7: Análise de casos paradigmáticos de conflito entre valores estéticos e valores morais (3h) • Sessão 8: Apresentação de trabalhos (4h)

Avaliação

Aplicação do determinado no regime Jurídico da Formação Contínua de professores, Decreto-lei nº 22/2014, de 11 de fevereiro, conjugado com o Despacho nº 4595/2015, de 6 de maio e com o “Regulamento para Acreditação e Creditação de Ações de Formação Contínua. A classificação de cada formando será realizada na escala de 1 a 10 conforme indicado no Despacho n.º 4595/2015, de 6 de maio, respeitando todos os dispositivos legais da avaliação contínua e tendo por base a participação/contributos e o projeto final elaborado pelos formandos.

Bibliografia

ANDERSON, J. C. e DEAN, J. T. (1998), «Moderate Autonomism» in British Journal of Aesthetics, Vol. 38, pp. 150-66.BEARDSLEY, M. (1981b), «The Aesthetic Point Of View» in Margolis, J. (ed.) Philosophy Looks at the Arts, Temple University Press, 1987.KIERAN, M. (2005) «Art and Morality» in Levinson, J. (ed.), The Oxford Handbook of Aesthetics, Oxford University Press, 2005, pp. 451-70.STECKER, R. (2005), «The Interaction of Ethical and Aesthetic Value», in British Journal of Aesthetics, Vol. 45., nº2, pp. 145-8.WARBURTON, N. (2009), Liberdade de Expressão: Uma Breve Introdução, Gradiva, 2020.